
Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva segue detido na Penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis; ele confessou ter matado morador de rua em Cuiabá
O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Max Russi (PSB), afastou, na noite desta sexta-feira (11), o procurador Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva por um período inicial de 60 dias, após o servidor ser preso pelo homicídio de Ney Muller Alves Pereira, morador em situação de rua, ocorrido na última quarta-feira (9), em Cuiabá.
A medida, publicada de forma extraoficial no Diário Oficial da Casa de Leis, também inclui a instauração de um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a conduta do servidor. Luiz Eduardo está atualmente recolhido na Penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis (a 220 km da capital), por determinação judicial.
O afastamento tem caráter preventivo e pode ser prorrogado por mais 60 dias. A portaria estabelece ainda que o procurador está impedido de acessar dependências internas da ALMT, bem como utilizar sistemas, equipamentos ou manusear documentos institucionais, salvo quando necessário à sua defesa.
O PAD será conduzido por uma comissão composta por três membros: o corregedor-geral Carlos Antonio Dornellas Filho, que atuará como presidente, além dos procuradores Francisco Edmílson de Brito Júnior e Luiz Vidal da Fonseca Júnior. O grupo terá prazo de dois meses, prorrogável, para apresentar um relatório conclusivo sobre o caso.
O assassinato de Ney Muller aconteceu no bairro Boa Esperança, nas proximidades da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). De acordo com a versão apresentada por Luiz Eduardo à polícia, ele teria perseguido a vítima após seu carro, uma Land Rover, supostamente ter sido atingido por pedras enquanto estava em um posto de combustíveis.
Câmeras de segurança registraram o momento em que o procurador se aproxima da vítima, atira à queima-roupa e foge na sequência. Ney morreu no local. A arma usada no crime e o veículo foram entregues por Luiz Eduardo à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), para onde ele se apresentou voluntariamente na tarde seguinte, acompanhado por um advogado.